Justiça autoriza diretores de clínicas psiquiátricas a retornarem aos cargos
A Justiça, por meio do juiz da 5ª Vara Criminal de Londrina, Paulo César Roldão, autorizou os diretores da Clínica Psiquiátrica Londrina e Villa Normanda a retornarem aos cargos. Com a decisão, Paulo Fernando de Moraes Nicolau e Mara Lúcia Silvestre já podem voltar nesta quinta-feira (19). Eles estavam afastados desde fevereiro, quando foi deflagrada a operação Hipócrates, pelo Ministério Público (MP).
O prazo de afastamento dos diretores se encerrou e o MP chegou a pedir prorrogação, entretanto, o argumento não foi aceito pelo magistrado, que entendeu não há fatos novos para manutenção. “Várias denúncias foram ofertadas, sem contar que perícias em inúmeros materiais ainda se encontram pendentes de finalização, de modo que a manutenção do afastamento não pode persistir por prazo indeterminado”.
O afastamento chegou a ser prorrogado em junho, vencendo neste mês. Além dos diretores, foram liberados para voltar ao trabalho quatro funcionários. O juiz, porém, manteve a restrição dos diretores a não manterem contato com ex-funcionários no decorrer do processo. Eles são réus na operação, que apura possível prática de falsidade ideológica em prontuários médicos de pacientes, entre outros crimes.
Os diretores de duas clínicas psiquiátricas de Londrina, Paulo Fernando Moraes Nicolau e Mara Lúcia Silvestre, foram afastados dos cargos por mais 90 dias após nova decisão judicial. O afastamento das atividades acontece desde a deflagração da operação Hipócrates. O Ministério Público (MP) aponta irregularidades em prontuários médicos.
Outro apontamento é que por receberem verba do Sistema Único de Saúde (SUS) eram adiados os períodos de internações e tratamentos para conseguir mais repasses. No total, 37 pessoas foram denunciadas na operação por crimes como organização criminosa, maus-tratos, cárcere privado, peculato, falsidade ideológica, lesão corporal, estupro de vulnerável, abandono de incapaz e exercício irregular da medicina.
O promotor Paulo Tavares, disse em entrevista à Paiquerê 91,7, que a não prorrogação dos afastamentos poderia atrapalhar as investigações, inclusive com a ocultação de provas.
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